Noruega teme que mulheres prejudiquem habilidades de combate do seu exército

© AFP 2023 / Kyrre LienSoldada norueguesa em cima do veículo de combate CV90
Soldada norueguesa em cima do veículo de combate CV90 - Sputnik Brasil
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Em meio ao crescimento do número de mulheres nas Forças Armadas da Noruega como resultado da campanha pela igualdade de gênero, surgem preocupações no que diz respeito à eficiência do país escandinavo na hora de combater.

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Noruega foi o primeiro país europeu a introduzir recrutamento universal em nome da igualdade de sexos, mas a medida até hoje provoca reações diferentes. Segundo o tenente-coronel norueguês Harald Hoiback, habilidade de combate do país está diminuindo.

Apesar de ser a favor do recrutamento de mulheres no exército, ele acredita que, em geral, homens são mais fortes e rápidos, pois atividades militares exigem muita força e resistência. Por isso, historicamente falando, poucas mulheres são militares.

"Você pode enfrentar situações de mulheres não tão fortes o suficiente para tirar seu colega militar de um tanque em chamas, levá-lo para o convés de uma fragata ou algo parecido", disse à emissora NRK.

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Não é de surpreender que as afirmações de Hoiback tenham sido imediatamente criticadas.

Assim, a especialista do Instituto de Pesquisas de Defesa, Nina Rones, afirmou que argumentos de Hoiback se baseiam em mitos.

"Nem tudo depende da forma física. Também não é verdade que homens têm vantagens perante as mulheres em todos os parâmetros do corpo. Quanto à chamada ‘ultrarresistência', há muitos estudos que provam que as mulheres ultrapassam os homens", disse Rones, acrescentando que mulheres são boas também ou até melhores em atirar se comparadas a homens.

Ela acredita que no combate é importante entender a situação, saber se orientar, trabalhar em equipe e saber usar armas, acrescentando que as mulheres não perdem para os homens em todos esses quesitos.

Há décadas, mulheres norueguesas podem se voluntariar ao serviço militar. Em 2016, foi introduzido o recrutamento universal e as mulheres totalizaram 25% dos 8.000 jovens recrutados naquele ano. Atualmente, a porcentagem de mulheres no exército atinge 17%, mas não para de crescer. Quatro dos últimos seis ministros da Defesa no país foram mulheres.

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