A visita do secretário de Defesa dos EUA ocorre pouco mais de uma semana após o pior ataque terrorista da história moderna do Egito, na turbulenta região da Península do Sinai. Até o momento, nenhum grupo terrorista assumiu a autoria do atentado que deixou mais de 300 mortos, mas testemunhas afirmam que os terroristas carregavam uma bandeira do Daesh.
Segundo o Departamento de Defesa dos EUA, a visita de Mattis é parte de uma viagem de cinco dias "para reafirmar o compromisso duradouro da parceria dos EUA com o Oriente Médio, África Ocidental e o sul da Ásia". Mattis tem agenda programada com al-Sisi e o ministro da Defesa, Sedki Sobhi.
O secretário de Defesa dos EUA irá depois para a Jordânia, onde deve encontrar-se com Rei Abdullah II. Já na segunda-feira, Mattis irá visitar o Paquistão e cumprirá agenda com o primeiro-ministro Abassi antes de concluir sua viagem com uma visita ao Kuwait no dia seguinte.
O Egito é um dos principais beneficiários da assistência militar dos EUA, recebendo cerca de US$ 1,3 bilhão anualmente, além de US$ 250 milhões na forma de ajuda econômica. Os recursos estão ligados ao tratado de paz do Egito com Israel de 1979.
Após o ataque do Sinai, al-Sisi instruiu suas forças de segurança a usar "toda força bruta" e deu-lhes três meses para restaurar a estabilidade na volátil parte norte da Península do Sinai.
Mas o governo de al-Sisi também expandiu os laços militares com a Rússia e assinou acordos para comprar caças, helicópteros e outras armas de Moscou. O ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, visitou o Cairo na quarta-feira, observando que a cooperação militar entre os dois países têm aumentado.