Segundo o World Gold Council, organização internacional de empresas do setor do ouro, em setembro de 2017 a Rússia possuía 1.778,9 toneladas de ouro. O país ocupa o sexto lugar na lista dos Estados com maiores reservas deste metal precioso, uma lista encabeçada pelos EUA, Alemanha, Itália, França e China. A proporção de ouro nas reservas russas tem aumentado desde a crise financeira mundial, segundo os dados publicados pelo portal Gold.org.
"Sob a direção do presidente Putin, o Banco Central da Rússia tem implementado durante muitos anos o programa que visa aumentar o volume total de ouro e de divisas da Rússia", disse o vice-presidente do banco, Sergei Shvetsov, durante uma conferência sobre metais preciosos no fim de novembro.
Desde a última eleição de Putin como presidente, as reservas da Rússia aumentaram em cinco vezes, o que torna o país em um alvo difícil para as mudanças na conjuntura geopolítica internacional. Depois do referendo na Crimeia sobre a sua unificação com a Rússia, realizado em 2014, o país aumentou essas reservas em 75%.
A agência Bloomberg citou em um artigo publicado em 1 de outubro Matthew Turner, analista do banco de investimento britânico Macquarie Group: "O ouro é um ativo que é independente de qualquer governo", incluindo "qualquer governo ocidental". Nos últimos dez anos o Banco Central da Rússia mudou significativamente a gestão das suas reservas estrangeiras. No primeiro trimestre deste ano, a proporção do euro nas reservas do Banco Central da Rússia atingiu o seu mínimo histórico de 25,7%.