Hawilla, que também é acionista da TV TEM, afiliada da Rede Globo, explicou às autoridades americanas, responsáveis pelos processos de corrupção na Fifa, que tudo teve início há 26 anos, quando foi procurado pelo então presidente da Confederação Sul-Americana Nicolas Leoz, do Paraguai. Segundo o Jornal Nacional, o empresário afirmou que após pagar propina para assinar um contrato de direitos comerciais da Copa América na época, o esquema se tornou regra, atingindo nomes como os de Ricardo Teixeira e de Julio Grondona, ex-presidente da Associação de Futebol da Argentina.
As declarações de Hawilla foram dadas em Nova York na condição de testemunha de acusação no processo contra José Maria Marin, ex-presidente da CBF, e outros dois ex-dirigentes de futebol sul-americanos: Juan Angel Napout e Manuel Burga. O empresário, que se declarou culpado pelos crimes de corrupção e obstrução de justiça, vem cooperando com as autoridades dos EUA desde 2014. No momento, ele está proibido de deixar o território norte-americano, onde aguarda sentença.