"O presidente [Donald Trump] em 6 de dezembro anunciará que os EUA reconhecerão Jerusalém como a capital de Israel", afirmou um representante de alto escalão da administração norte-americana. De acordo com ele, este passo significará o reconhecimento da "realidade histórica bem como moderna". Enquanto isso, a decisão não envolverá o processo de regulamento pacífico e questões fronteiriças.
A Casa Branca frisou que Trump falou sobre sua decisão com presidentes de países do Oriente Médio e recebeu apoio por parte de líderes estrangeiros que visam regular o conflito entre a Palestina e Israel.
Além disso, a administração do presidente norte-americano sublinhou que a decisão sobre Jerusalém não mudará política norte-americana em relação às fronteiras israelenses.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista em ciências políticas, Ildus Yarulin, falou sobre o significado deste passo para os EUA.
"O apoio dos EUA é de fato mais uma demonstração de Israel sendo o principal aliado dos norte-americanos no Oriente Médio, precisamente neste tempo ‘confuso’, em meio ao agravamento das relações entre o Iêmen e Irã após o assassinato do ex-presidente iemenita e questões sírias mal resolvidas. Através de Israel, os EUA planejam afetar toda a política no Oriente Médio. Assim, Trump e os EUA demonstram suas ambições de se tornar um dos principais influenciadores na região, apesar do recuo no passado. Assim, Estados Unidos se mostram dispostos a não recuar mais. Além disso, Trump aproveita a jogada para conseguir apoio dentro do seu país. Nos EUA há um forte lobby israelense que não permitirá saída de Trump do poder, através de impeachment", explicou Ildus Yarullin.