As manobras conjuntas dos EUA e da Coreia do Sul, bem como declarações dos políticos norte-americanos evidenciam que Washington está se preparando para atacar a Coreia do Norte, informou a Agência Central de Notícias da Coreia, citando o Ministério das Relações Exteriores do país.
A chancelaria norte-coreana frisou também que as declarações dos EUA são um aviso para que a Coreia do Norte se prepare para uma guerra na península.
EUA e Coreia do Sul realizam nesta semana as manobras conjuntas sem precedentes que contam com a participação de mais de 200 aviões bélicos. A conclusão das manobras está prevista para sexta-feira (8).
Os dois países em questão realizam treinamentos militares em grande escala devido ao aumento de tensões entre Washington e Pyongyang.
O especialista em ciências políticas, Aleksandr Gusev, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik opinou que para estabilizar a situação, é necessário desistir das manobras militares.
"As manobras em larga escala dos EUA e da Coreia do Sul […] não somente contribuem para a desestabilização da situação em torno da península coreana, mas também irritam os norte-coreanos. Levando isso em consideração, é preciso aplicar esforços significativos para normalizar as relações. Contudo, ninguém pode influenciar os EUA, esta é a questão mais importante. Se algum outro país enfrenta uma pressão séria, então quem se atreverá a pressionar os EUA e o político imprevisível? Ninguém. É aí que os padrões duplos são revelados. Por um lado, os EUA afirmam estarem interessados em atenuar o conflito entre a Coreia do Sul e seu vizinho do norte, mas […] brandir as armas ainda nunca levou a conciliação entre os dois países. Sendo assim, é necessário acabar com as manobras militares. Contudo, os EUA não acreditam que isso possa levar a graves consequências", assinalou Aleksandr Gusev.