A suspeita foi exposta pelo secretário de Estado adjunto dos Estados Unidos, Thomas Shannon.
Em uma entrevista ao jornal russo Kommersant, ele assegurou que a administração do presidente Donald Trump "está disposta a fazer todo o possível para preservar o tratado".
"Nosso governo está trabalhando nessa direção, apesar do fato de os militares russos fazerem secretamente, fabricarem e implementarem mísseis de cruzeiro terrestres em violação do tratado", disse Shannon.
O secretário estadunidense sublinhou que o Tratado INF é uma ferramenta importante para garantir estabilidade e segurança na Europa e na Ásia.
"Estou firmemente convencido de que, se a Rússia tomar medidas concretas para voltar ao cumprimento do Tratado INF, isso ajudará em grande parte a restaurar a confiança e melhorar as relações entre nossos governos", afirmou.
Datado de 1987, o Tratado INF previa a eliminação dos mísseis balísticos e de cruzeiro, nucleares ou convencionais, cujo alcance estivesse entre 500 e 5.500 quilômetros. Além disso, o acordo permite a qualquer uma das partes inspecionar as instalações militares da outra.
A Rússia e os EUA se acusaram repetidamente de desenvolver sistemas que violam este tratado.
No Congresso dos EUA, houve queixas frequentes para preparar um projeto de lei que acusa diretamente a Rússia de violar este tratado, o fato lançaria as bases para o abandono do acordo seguindo o mesmo esquema usado por Washington para retirar-se anteriormente do acordo sobre sistemas de defesa antimíssil.