Atualmente, as empresas norte-americanas tentam modernizar seus métodos de extração de petróleo de xisto para que seja rentável extraí-lo inclusivamente quando o preço do "ouro negro" se situa em cerca de 50 dólares por barril.
Entretanto, um grupo de pesquisadores do Instituto Tecnológico de Massachusetts considera que o aumento da produção de petróleo nos últimos anos não tem tido a ver com o progresso tecnológico alcançado pelos EUA: as empresas norte-americanas simplesmente têm tido acesso a jazidas com muito potencial. Isso lhes permitiu aumentar a produção até mesmo quando os preços do petróleo eram baixos.
A Administração de Informação Energética dos Estados Unidos calculou que a produtividade poderia aumentar 10% por ano através da variação das profundidades dos poços e dos volumes de água e areia utilizados no processo do fraturamento hidráulico. Entretanto, os pesquisadores do MIT asseguraram que o índice real apenas poderia atingir 6,5% se se aplicar essas alterações no método de extração, informou o jornal russo Kommersant.
"A extração de petróleo de xisto é benéfica se for realizada em jazidas novas […] porque neste caso não é necessário investir muito dinheiro na criação de novas tecnologias", disse Ivan Andrievsky, vice-presidente da Associação Russa de Engenheiros, citado pelo diário russo Vzglyad.
Natalia Milchakova, vice-diretora da empresa Alpari, destacou que muitos grandes produtores de petróleo de xisto tiveram de fechar em 2016 por causa da baixa rentabilidade das extrações.
"Todos os números e fatos apontam para o seguinte: a revolução do xisto foi sobrestimada e os que elogiaram essa revolução se esqueceram de informar a opinião pública de alguma coisa importante", sublinhou ela.
Até agora, a extração de petróleo de xisto é mais cara que a extração de petróleo tradicional. Além disso, as jazidas do novo sistema extrativo se esgotam mais rápido.