Em sua resolução, Bonadío alegou que a ex-presidente poderia dificultar o processo devido aos contatos que ela possui.
A ação judicial gira em torno da denúncia feita pelo procurador Alberto Nisman em janeiro de 2015, na qual ele acusou funcionários de alto escalão, inclusive Kirchner, de ter negociado o memorando de entendimento com o Irã de forma secreta. Segundo argumentos governamentais, o acordo bilateral teve como objetivo acelerar as investigações sobre o alegado envolvimento de cidadãos iranianos no atentado contra Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) na capital argentina em 1994. No resultado do ataque, 84 pessoas morreram.
A acusação feita por Nisman foi arquivada pelo juiz Daniel Rafecas. Contudo, em dezembro do ano passado foi reaberta pela Câmara de Cassação Penal. Posteriormente, Bonadío ordenou mais interrogações, bem como proibiu 15 investigados de sair do país.