A Nigéria, por exemplo, possui 53 partidos registrados, mas, na realidade, três partidos dominam a cena política: o Partido Democrático Popular, o Partido Congresso de Todos os Progressistas e o Partido Aliança pela Democracia.
Contudo, o fortalecimento da troca de experiência entre partidos políticos da China e da África podem promover o desenvolvimento endógeno das instituições de países africanos, bem como melhorar a forma de governar no mundo.
O desenvolvimento da política multipartidária na África possui alguns traços comuns. Muitos partidos priorizam melhoria do processo de tomada de decisões internas e consolidação do partido. Além do mais, levam em consideração a opinião de organizações populares, de seus membros e de indivíduos que não fazem parte do partido.
Mesmo assim, a realidade política atual no continente africano está cheia de conflitos e divisões. O tribalismo é a principal causa do atraso no avanço político do continente.
Na Nigéria, por exemplo, há mais de 300 tribos. O país é diverso em termos cultural, linguístico, diversidade étnica e religiosa. Meio século atrás, durante o movimento de independência, alguns nacionalistas se opuseram ao estabelecimento do "país feito pelo homem". Superar o nacionalismo local é o tema-chave do desenvolvimento político nigeriano.
A modernização da forma de governar na África exige desenvolvimento econômico e político, estabelecimento de consenso nacional, bem como integração da política nacional com todas as nações africanas.
Vale destacar que uma parte do capital chinês é destinada para setores da economia africana, tais como agricultura, serviços e produção não modernizada, tornando-a diversificada.
O desenvolvimento do continente africano deve ir de mãos dadas com o progresso das estruturas políticas, que são responsáveis pelo progresso cultural e econômico.
A China tem experiência em expandir a participação política da população e garantir os direitos políticos das pessoas. O fortalecimento da troca de experiência entre os partidos políticos chineses e africanos pode dar um impulso ainda maior rumo à participação política da população e à melhora na forma de governar dos países deste continente promissor.