Essas são as posições do coronel aposentado Reuven Berko e do professor Ahmed al-Burai, expressas durante debate no canal RT, logo que Washington reconheceu Jerusalém como capital de Israel e anunciou a transferência da sua embaixada de Tel Aviv para a cidade sagrada.
Berko, analista em assuntos árabes do jornal Israel Today, considerou que essa decisão é "muito importante apesar de, historicamente falando, os reis de dinastias israelenses nunca terem consultado outros regimes mundiais no momento de tornar Jerusalém capital de Israel, nos tempos do Reino de Israel".
Ele indicou que "se trata de uma história longa, em qual nunca houve ódio em falar da Palestina, nem sequer do Alcorão". Berko assinalou que, para israelenses, "os palestinos são muito importantes. Nós queremos criar um Estado palestino, pela primeira vez na história ao lado de Israel, mas infelizmente, Jerusalém é como uma esposa, não se pode compartilhar uma esposa. Está casada com Jerusalém há 3.000 anos, por isso é uma exigência ridícula por parte dos palestinos".
Ao contrário, Al-Burai, professor da Universidade Aydin de Istambul, disse que "é ridículo, em minha opinião, dizer que Palestina não é mencionada no Alcorão ou que os palestinos não têm direito de falar sobre isso, é uma argumentação obsoleta que as pessoas estão cansadas de ouvir dos israelenses".
Trump e Netanyahu pensam que este é momento oportuno, porque o mundo árabe agora não pode priorizar a causa palestina por causa dos acontecimentos na Síria, Iraque, Iêmen e no Egito.
Ele assinalou que Jerusalém é um lugar igualmente sagrado para o judaísmo, cristianismo e para o islã.
Ao concluir, disse que isso não é somente violação dos direitos dos palestinos, mas também do direito internacional.