Grupo Brasileiras de Paris: Petição contra a propaganda da empresa francesa Bagelstein https://t.co/f4WqNsaaJc
— Natacha Pedroso (@PedrosoAlana) 10 de dezembro de 2017
Milhares de cidadãos e autoridades do Brasil manifestaram grande indignação no último final de semana ao tomar conhecimento de um polêmico copo que vem sendo vendido pela cafeteria francesa, no qual são reforçados estereótipos preconceituosos sobre os brasileiros.
"Não escute o Bernard, não há apenas favelas, drogas e putas no Brasil. Também tem um ótimo café", diz a frase que levou várias pessoas a boicotar a rede.
Em resposta aos questionamentos do público, a empresa se defendeu dizendo que a piada em questão não havia sido bem compreendida. Segundo a Bagelstein, o personagem em questão, Bernard, seria o apresentador de um programa televisivo que tem por hábito apenas mostrar as coisas ruins que existem em países da América do Sul, e a crítica no copo seria contra ele, contra o seu estilo de documentário.
— Bagelstein (@Mrbagelstein) 8 de dezembro de 2017
Apesar da tentativa, muitos não se convenceram e não ficaram satisfeitos com a explicação dada. A Embaixada do Brasil em Paris lamentou, por meio de nota, o uso de dizeres pejorativos contra os brasileiros e disse que a empresa demonstrou um comportamento muito desrespeitoso em relação ao Brasil.
"Infelizmente, a Embaixada não tem como impedir que uma empresa se escude em algo que alega ser uma 'brincadeira' para veicular ofensas, que dentre outros aspectos, reforçam estereótipos altamente ultrajantes às mulheres brasileiras. Nossa ação será enviar protesto formal à direção dessa empresa que não nos tratou com o respeito e a dignidade que merecemos", escreveu a embaixada.
"Nosso objetivo, em um primeiro momento, é o de fazer com que os referidos copos sejam recolhidos e que a sua distribuição na França, Bélgica e Luxemburgo seja imediatamente proibida", disse o Grupo Brasileiras de Paris, afirmando que a publicidade da empresa francesa tem um conteúdo racista, misógino e preconceituoso. "Não aceitamos este tipo de humor utilizado pela rede, que faz uso de graves problemas sociais para vender um produto. Além disso, ele vem encorajar um comportamento ofensivo e machista contra os brasileiros em geral, e contra a mulher brasileira, em particular."