Ele agradeceu os militares e disse que a Rússia nunca esquecerá as vítimas e perdas sofridas na luta contra o terrorismo na Síria e na Rússia.
"Esta memória nos enche de força para eliminar o terrorismo internacional, qualquer que seja a sua cara", declarou Putin.
O doutor em ciências políticas, Dmitry Evstafiev, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, destacou as razões políticas da decisão sobre a retirada das tropas russas da Síria.
"Foi declarada há um tempo a finalização do ciclo ativo da Rússia no conflito sírio. Sem dúvida, há uma explicação militar para tomada desta decisão: praticamente não há grandes territórios que não sejam controlados pelo governo sírio ou por forças amigáveis dos enclaves, com exceção dos curdos."
Evstafiev continuou: "Não há necessidade de usar aviação e tropas terrestres da Rússia." Segundo ele, a Rússia não está saindo por completo da Síria, pois vai continuar prestando apoio na regularização política.
O especialista reforçou que a Rússia não está abandonando a Síria, somente finalizou o uso de métodos militares através da força. "Inicia-se o período de séria construção política e reforma econômica na Síria que não alcançarão sucesso sem participação dos representantes russos e sem garantias político-militares da Rússia", notou o cientista político.
A Rússia deu início à missão antiterrorista na Síria em setembro de 2015. Em março de 2016, o presidente russo decidiu retirar grande parte das tropas da Força Aeroespacial da Rússia após cumprimento de todas as missões.