De acordo com a organização fundamentalista islâmica palestina, são esperados protestos do "dia de ira" contra a decisão estadunidense, como as manifestações da última sexta-feira, que deixaram um saldo de dois mortos e mais de 1.000 feridos.
"Os protestos continuarão na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e em Jerusalém. Porque protestamos contra o reconhecimento dos EUA de Jerusalém como a capital de Israel, como a consideramos a capital da Palestina. Esperamos que os protestos se desenvolvam cada vez mais", disse o secretário de imprensa do movimento à Sputnik.
Um dia após o anúncio de Trump, que foi condenado por Estados e países muçulmanos que apoiam uma solução de dois Estados para a crise israelense-palestina, o líder do gabinete político do Hamas pediu uma terceira 'Intifada' "contra os EUA e sionistas planos para judaizar Jerusalém".
As Intifadas anteriores em 1987-1993 e 2000-2005 deixaram centenas de israelenses e milhares de palestinos mortos. A primeira Intifada palestina (1987-1991) foi a luta dos palestinos contra a ocupação israelense dos territórios conquistados durante a Guerra dos Seis Dias de 1967, enquanto o segundo levante começou em 2000. Este foi provocado pela visita do primeiro-ministro israelense Ariel Sharon e um grupo de apoiadores ao Monte do Templo.
Enquanto a segunda Intifada perdeu força, a situação ainda permaneceu tensa. Mais recentemente, um membro da Organização de Libertação da Palestina (OLP), Wasel Abu Yousef, disse à Sputnik que os movimentos palestinos rivais — Hamas e Fatah, este o partido político palestino dominante — estão unidos contra a decisão de Trump sobre Jerusalém.
Na sequência de uma nova rodada de conversações de reconciliação sob a mediação das autoridades egípcias realizada em outubro, o Hamas e o Fatah assinaram um acordo, prometendo que inaugurariam uma nova era de unidade palestina.