O chefe de Estado venezuelano expressou sua rejeição à política israelense e norte-americana no Oriente Médio no âmbito da cúpula da Organização para a Cooperação Islâmica (OIC). O líder sul-americano estava presente lá como presidente do Movimento dos Países Não Alinhados (NAM), cargo que ocupará até 2019.
Maduro expressou sua "séria preocupação" com a decisão de Washington de reconhecer Jerusalém como uma capital israelita, ignorando as resoluções das Nações Unidas.
"Nós viemos trazer a nossa voz de solidariedade e apoio ao povo da Palestina e pela rejeição à decisão unilateral do governo dos EUA", acrescentou.
Em nome do NAM, o presidente venezuelano leu uma declaração em que os países-membros aprovaram "todas as resoluções do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral [da ONU] relativas a Jerusalém, confirmando que é parte integrante do território palestino ocupado".
Nesse sentido, eles pediram uma solução que defenda uma paz "justa, abrangente e sustentável" que inclua o direito à "autodeterminação, liberdade e independência do povo palestino, com Jerusalém Oriental como sua capital".
Jerusalém Oriental, capital palestina
A cúpula da OCI emitiu um comunicado oficial no qual pede o reconhecimento da Palestina como um Estado soberano e a parte oriental de Jerusalém como sua capital. Eles também condenaram como um ato "ilegal" a decisão estadunidense a este respeito.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acrescentou que "qualquer um que caminha pelas ruas desta cidade santa entenderá que está sob a ocupação [israelense]".
"A paz global e regional não pode ser alcançada até que a questão da Palestina seja resolvida de forma justa", acrescentou.