O relatório indica que o líder norte-coreano Kim Jong-un cometeu a maioria dos crimes contra a humanidade como assassinatos, exterminação, escravização, torturas e violências sexuais através destas instalações, informa o Time.
Os testemunhos de desertores apresentados para o Comitê de Crimes de Guerra em Washington em 2016 incluem as histórias de prisioneiros que foram torturados ou assassinados por causa da afiliação religiosa, abortos forçados e infanticídios. Um material descrevia a situação, quando um recém-nascido prisioneiro foi dado para cães de guarda comer. De acordo com os desertores de 1,5 a 2 mil prisioneiros, em sua maioria crianças, morreram de fome.
"As condições nos campos de prisão norte-coreanos são tão terríveis, ou ainda piores, do que as que vi e sobrevivi na minha juventude nos campos nazis e durante a minha longa carreira profissional na área dos direitos humanos", comunicou antes da publicação ao Washington Post, o ex-juiz do ICC Thomas Buergenthal.
Estima-se que entre 80 e 130 mil prisioneiros políticos ficam em instalações do tipo gulag. Apesar do fato que os oficiais de Pyongyang negam a informação, as imagens de satélites citadas pela IBA mostram supostos kwanlisos cercados por torres de vigia e rodeados de cercas elétricas e arames farpados.