"O maior problema ecológico não são os resíduos plásticos ou o aquecimento global. É a superpopulação humana. Quatro bilhões de pessoas vão passar a dormir com fome e as reservas de água potável são muito limitadas", diz o cientista.
Segundo ele, os ecologistas e futurologistas fazem previsões sobre o que espera a humanidade nos próximos anos. Usando modelos especiais nas suas pesquisas, eles chegaram à conclusão que o ponto crítico pode chegar dentro de menos de 100 anos.
Akshintsev sublinhou que a humanidade deve reconhecer que as capacidades da Terra são limitadas e que o planeta não pode comportar mais pessoas do que ele consegue. O problema da superpopulação terá que ser resolvido o mais rápido possível.
Para além disso, o ecologista descartou alguns mitos ecológicos muito populares hoje em dia:
Aquecimento global
Akshintsev está seguro que não há aquecimento global, o mais provável é que se trate de apenas mais uma mudança do clima.
"O clima está mudando constantemente, vivemos na época interglacial. Na história da Terra houve pelo menos oito épocas glaciais sérias. É lógico pressupor que haverá a nona", esclareceu.
Nas últimas décadas as pessoas maltrataram ainda mais a natureza
Mais um mito, porque, segundo Akshintsev, as pessoas começaram a maltratar a natureza no momento em que começaram a mudar as suas áreas de habitat. Nossa espécie causou impacto na extinção de vários tipos de animais.
Ilhas de plástico nos oceanos
Não existem ilhas de lixo nos oceanos, acredita o cientista. Tem, sim, manchas compostas por lixo: os resíduos plásticos se decompõem e viram uma substância gelatinosa.
"O plástico em condições extremas, ou seja, na água salgada, e sob a ação dos raios ultravioleta, quer dizer, do Sol, começa a se decompor ", destacou.
Na água salgada este processo se acelera e, em um ano, o oceano pode "digerir" uma garrafa plástica, resumiu o cientista.