De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, cerca de 7.500 residentes anglófonos dos Camarões foram forçados a deixar seu país devido às ações do governo contra os "separatistas", relata a Reuters.
This is what #PaulBiya and his millitary men are doing in Southern Cameroons, #Ambazonia. We continue to call on @antonioguterres and @UN with the #UNSC to do the right thing and save the people of Fed. Republic of Ambazonia @GovAmba from these atrocities #AJNewsGrid @hrw pic.twitter.com/W7FShe05o6
— Fed Rep of Ambazonia (@GovAmba) 14 de dezembro de 2017
República dos Camarões, vocês chamam os camaroneses do sul (Ambazônios) de terroristas. Vocês os detêm, depois disso exigem enormes somas de dinheiro, e quando eles pagam, vocês os libertam. Então me falem quem é verdadeiro terrorista aqui?
Atualmente, os confrontos entre rebeldes e forças governamentais estão se tornando cada vez mais tensos devido à recusa do presidente camaronês de conceder autonomia à região de língua inglesa. De acordo com as estatísticas internacionais, até 40 pessoas foram mortas pelas forças do governo desde setembro.
Os Camarões são um estado africano que atualmente tem mais de 23 milhões de habitantes. A maioria dos cidadãos deste país fala francês, embora 20% da população fale inglês. Essas pessoas estão principalmente concentradas no oeste do país, perto da fronteira com a Nigéria.
O problema linguístico dos Camarões é um legado da Primeira Guerra Mundial. Entre 1884 e 1916, o país era uma colônia alemã. Durante o conflito mundial, essas terras foram conquistadas pelas tropas britânicas e francesas, sendo depois divididas em duas zonas sob o monitoramento da Liga das Nações, uma administrada pela França e a outra — pelo Reino Unido.
The Self proclaimed Republic of #Ambazonia now has a Liberation Army. This could be a serious security threat in the #GulfGuinea and #SahelRegion. #Cameroon #SouthernCameroons #CivilWar #refugees pic.twitter.com/MRf7O3ra0e
— Africa Unite (@watch_right) 13 de dezembro de 2017
Agora, a República da Ambazônia autoproclamada tem seu Exército de Libertação. Isto pode representar uma ameaça à segurança do golfo da Guiné e região de Sahel.
O fluxo de deslocados internos cresceu após o ataque dos destacamentos da "República da Ambazônia" contra as forças governamentais, o que levou à morte de policiais e militares.
Em 1961, as duas partes se unificaram, criando a República Federal dos Camarões.
No entanto, atualmente, a Ambazônia tem seu próprio site, bandeira e até mesmo o hino nacional. Ocupa aproximadamente um território semelhante em extensão ao da Holanda, com um número de habitantes semelhante ao do Paraguai.
No ano que vem, o presidente camaronês, Paul Biya, que governa desde 1982, planeja se candidatar de novo, dado que é um aliado de longa data dos EUA, tendo permitido que os drones estadunidenses fossem instalados no seu país.
Após a saída do presidente zimbabuano, Robert Mugabe, Biya se tornou o segundo líder africano há mais tempo no poder, sendo ultrapassado apenas por Teodoro Obiang Nguema, ditador do Guiné Equatorial.