"Com o início de 17 de dezembro de 2017, o chamado acordo político termina, e todos os corpos formados de acordo com ele perdem automaticamente sua legitimidade, que é controversa desde o primeiro dia de seu trabalho", disse o Comandante do Exército Nacional da Líbia, General Khalifa Haftar na ocasião do segundo aniversário do acordo Skhirat.
O comandante observou que o Exército se envolveu nas negociações com vários atores internacionais sobre a solução da crise na Líbia e pediu a realização de eleições, mas seus esforços foram silenciados devido à "fraqueza da ONU e à teimosia local".
"Nós rejeitamos fortemente o método de ameaças e intimidação e prometemos ao povo líbio protegê-los, proteger suas capacidades e instituições até o último soldado em nossas fileiras, e também declarar nossa recusa em enviar a qualquer parte, seja qual for a fonte de sua legitimidade, se não fosse eleito pelo povo líbio", sublinhou Haftar.
A Líbia tem estado em tumulto desde a guerra civil de 2011 que resultou na queda do líder do país, Muammar Gaddafi. A parte oriental do Estado degradado pela crise é governada pelo Parlamento, com sede na cidade de Tobruk. O Parlamento é apoiado pelo Exército Nacional Líbio. Ao mesmo tempo, o GNA, liderado por Fayez Sarraj, opera a oeste do país e está sediada em Trípoli.
A ausência de uma autoridade central e do exército no país transformou a Líbia em um centro de contrabando e um ponto de trânsito para os migrantes a caminho da África para a Europa.