Foi assim que Sergei Goncharov, presidente da Associação Internacional dos Veteranos do Grupo Alfa, especializado em luta antiterrorista, comentou sobre a matéria publicada no jornal turco Yeni Şafak. O artigo, por sua vez, diz que al-Baghdadi tinha sido capturado pelos militares norte-americanos em uma das bases do país localizadas no norte da Síria.
Entretanto, não há nenhuma confirmação oficial destes dados.
"Quanto a al-Baghdadi, bem como outros líderes do terrorismo internacional, surgem muitas publicações equivocadas. Eu acredito que, até que apareça uma confirmação da parte estadunidense e não apresentem nenhuma prova de que eles têm uma pessoa que consideram ser o líder do Daesh, estas informações podem ser qualificadas como, segundo se diz hoje em dia, um 'fake", afirmou.
O ex-funcionário do grupo antiterrorista assinalou que na maioria dos casos os líderes terroristas "se enterram" por muito tempo, pois os serviços especiais não estão protegidos contra falsas orientações. Goncharov relembrou o caso do líder dos terroristas chechenos, Doku Umarov, cuja morte tinha sido comunicada tanto durante a 1ª quanto a 2ª Guerra da Chechênia, embora tenha sido encontrado morto apenas em 2017, na Inguchétia.
Ademais, o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, também comentou que a Rússia não possui dados sobre a respectiva operação norte-americana.
"Neste caso, não posso comentar sobre a publicação da edição turca, pois não sei em que se baseia, pelo menos, nós não dispomos de tais dados", realçou.