"A Rússia retirou todas as armas nucleares ao seu território nacional. Consideramos que o mesmo devia fazer a parte norte-americana", disse Ulyanov.
"Se isso na verdade significa posicionar na Europa munições nucleares adicionais além das que já existem, isso somente pode agravar a situação", concluiu Ulyanov.
Conforme os dados do Ministério das Relações Exteriores, as armas nucleares norte-americanas estão colocadas na Bélgica, Alemanha, Itália, Holanda e Turquia. A renovação dos arsenais dos EUA na Europa comprova a prorrogação da prática das "missões nucleares conjuntas" na OTAN com pilotos dos países não nucleares, aponta Moscou. Entretanto, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares proíbe a entrega do controle sobre armas nucleares a tais Estados.
O presidente da Academia dos Problemas Geopolíticos, coronel-general Leonid Ivashov, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, supôs para quando se deve esperar a retirada das armas nucleares norte-americanas da Europa.
"Os europeus não precisam nada das armas nucleares norte-americanas. Mas, através do potencial nuclear e da liderança na OTAN, os EUA mantêm sob seu controle rigoroso também a economia da Europa, seu sistema financeiro, sua política, em especial na esfera de segurança."
Isto vai acontecer, opina o especialista, quando os EUA perceberem que são iguais às outras grandes potências e que não pode existir nenhum mundo unipolar. Mas agora eles ainda não estão preparados para isso, concluiu Leonid Ivashov.