A nova unidade de defesa contará com aviação, mísseis e tropas radiotécnicas. Além disso, será alterada a estrutura da Força Aérea: ao invés de bases aéreas, criadas em 2008, prevê-se restituição de regimentos e divisões.
Vários especialistas opinam que a criação de tais unidades em direção ao oceano Pacífico é realmente oportuna. Nos últimos tempos essa região se tornou uma zona "quente", sendo que a atividade dos EUA nessa área se intensificou significativamente sob o pretexto de ameaça norte-coreana.
Neste contexto, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik o especialista militar, Boris Rozhin, comentou sobre as medidas tomadas pela Rússia para garantir sua segurança.
"Este passo é realmente avançado, pois os maiores esforços militares foram dedicados ao aumento [de capacidades] da Força Aérea russa em direção ao sudeste, no Cáucaso. Mas a intensificação da atividade dos EUA no Ártico, no Japão, no mar do Sul da China e na península da Coreia, exige respostas adequadas. A Frota do Pacífico cede suas capacidades à Frota do Norte. Os navios são antigos, as capacidades de sistema de defesa antiaéreo não correspondem aos desafios que começaram a surgir perto das nossas fronteiras", declarou o especialista.
Entretanto, o especialista sublinhou que "tais ações são dedicadas contra a atividade dos EUA, pois com a China, nós [Rússia] temos relações de amizade e cooperação militar".
De acordo com especialista militar, tudo isso exige que a Rússia aumente suas capacidades defensivas de suas posições, para ser capaz de se proteger das ações realizadas por parte dos adversários estratégicos.
"Agora, o conflito continua com os EUA, e os acordos com o Japão não foram atingidos. A Rússia não planeja entrar na corrida armamentista, pois não há recursos suficientes para isso. Vamos tentar realizar nossa atividade de acordo com os recursos existentes", afirmou.
Nessa conexão, destacou que "hoje o orçamento de defesa ainda é significativo", acrescentando que será possível "encontrar dinheiro para esse exército".
Entretanto, o especialista opina que uma série de problemas pode ser resolvida através do desenvolvimento das relações com a China. "A Rússia tem vantagem quando a China resolve os problemas, mas não vale a pena esquecer suas próprias capacidades de defesa", finalizou.