O presidente estadunidense afirmou que a "Rússia e a China visam desafiar a influência, valores e riquezas dos EUA", contudo, Washington "tentará construir uma parceria sólida" com estes e outros países.
Analistas russos falaram sobre a nova estratégia estadunidense.
O especialista militar, Yevgeny Buzhinski, acredita que a estratégia caracterize a Rússia como superpotência.
"Trata-se do reconhecimento da realidade. Em meio aos últimos eventos, as autoridades norte-americanas perceberam que a Rússia é uma séria concorrente na área de defesa. É o reconhecimento da Rússia como superpotência militar", afirmou Buzhinski à Sputnik.
Por sua vez, o especialista russo em ciências políticas, Georgy Yarygin, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, opinou que a estratégia dos EUA seja ambígua.
"Apesar de um discurso extremamente realista quanto aos adversários dos EUA – China e Rússia – percebemos que o presidente Donald Trump esteja tentando construir relações amistosas com estes governos: ele continua falando sobre o diálogo com a Rússia e aposta em uma política não agressiva em relação à China. Contudo, a Estratégia de Segurança Nacional claramente define a Rússia e a China como adversárias dos EUA. Esta ambiguidade impossibilita saber como Washington desenvolverá sua política externa", frisou Georgy Yarygin.
Ele assinalou também que o presidente estadunidense dificilmente cumprirá os termos do documento ou aplicará sua política externa em conformidade com a estratégia.