Um novo estudo da Universidade da Rainha de Belfast (Irlanda do Norte, Reino Unido), que lidera a pesquisa internacional sobre Oumuamua, o primeiro asteroide interestelar que entrou no nosso Sistema Solar, trouxe novas consequências. Os seus resultados mostram que pode tratar-se na realidade de uma nave extraterrestre.
O estudo, publicado na segunda-feira (18) na revista Nature Astronomy, sugere que Oumuamua ("primeiro mensageiro" em havaiano) está coberto com uma crosta especial que lhe permite suportar temperaturas acima de 300°C. Assim, sua "capa isolante", rica em matéria orgânica após milhões de anos de exposição a "raios cósmicos", lhe permite refletir a luz do Sol.
Ao mesmo tempo, Michele Bannister, coautora da pesquisa, qualifica como "fascinante" o fato de que Oumuamua é muito parecido com os "mundos menores" do nosso próprio Sistema Solar. "Isso sugere que a forma como os nossos planetas e asteroides foram formados tem uma grande afinidade com os sistemas localizados ao redor de outras estrelas", opina.
De acordo com as observações, o asteroide incomum alcançou a velocidade máxima de 315 mil km/h e atualmente se encontra a 295 milhões de km do Sol, entre as órbitas de Marte e Júpiter. Astrônomos acreditam que ele seja da constelação de Lyra e que abandonará nosso Sistema Solar em 2022.