Segundo informam os funcionários do Ministério da Defesa japonês, citados pela agência Kyodo, os sistemas Aegis Ashore serão posicionados de modo que cobrirão todo o território nacional e, provavelmente, começarão a funcionar em 2023.
De acordo com os dados da agência¸ o valor de aquisição de cada sistema é estimado em pelo menos 100 bilhões de ienes (R$ 2,92 bilhões).
As autoridades japonesas afirmam que os novos sistemas de combate contribuirão para aumentar as capacidades da sua defesa diante do desenvolvimento do programa norte-coreano de mísseis balísticos.
No entanto, o especialista em ciências políticas e professor da Universidade Estatal de São Petersburgo, Vladimir Kolotov, declarou que esse acordo corresponde mais aos interesses dos EUA.
"No que se refere ao Japão, em meu ponto de vista, é só uma atividade alvejada para ganhar verbas, realizada pela indústria militar dos EUA que está trabalhando em cooperação estreita com meios de comunicação em massa, canais principais que divulgam absurdos sobre as ameaças, principalmente as provenientes da Rússia", explicou.
"Os EUA simplesmente vendem sistemas [de combate] inúteis, pois não há nenhuma ameaça", afirmou.
Em sua opinião, "eles realizaram o mesmo com a Polônia — tentaram vender duas unidades [de combate] no valor de US$ 10 bilhões [R$ 32,9 bilhões]. Os poloneses durante muito tempo declararam sobre uma ‘ameaça russa', porém os EUA dizem: tenham medo dos russos — e comprem deles [sistemas de defesa antiaéra]".
Ao mesmo tempo, o especialista avisou que os sistemas modernos de defesa antimíssil criam uma vasta gama de problemas e danificam a segurança internacional.
Kolotov está seguro, que por mais complicados que os sistemas de defesa modernos sejam, é mais provável que tenha alguma falha técnica. Assim, opina que "isso poderá resultar em um lançamento de míssil não autorizado e consequentemente, em lançamento de resposta".
"Isso significa que estamos nos aproximando do dia do Juízo Final, que colocará um fim da vida na Terra".
Para explicar seu ponto de vista, o especialista lembrou que as "tecnologias cibernéticas e crimes cibernéticos estão em fase de desenvolvimento ativo, assim, o sistema pode ser hackeado".
"Assim, tudo isso pode levar o mundo à beira de uma catástrofe", concluiu.