Estratégia global dos EUA é uma ameaça potencial para o mundo, diz oficial da Rússia

© Sputnik / Sergei PyatakovMíssil balístico intercontinental Yars, das Forças Armadas da Rússia, sobre um veículo transportador Kamaz, na cidade de Teykovo, região russa de Ivanovo (arquivo)
Míssil balístico intercontinental Yars, das Forças Armadas da Rússia, sobre um veículo transportador Kamaz, na cidade de Teykovo, região russa de Ivanovo (arquivo) - Sputnik Brasil
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O chefe do Conselho Nacional de Segurança da Rússia criticou a estratégia de segurança nacional de Washington, revelada na última segunda-feira, dizendo que ela está cheia de "acusações sem fundamento" e causará instabilidade em todo o mundo.

"A realização dos objetivos delineados no documento, incluindo o fortalecimento das posições internacionais dos EUA através do poder, pode ameaçar a segurança regional e internacional", disse Nikolai Patrushev a jornalistas em Moscou.

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No prefácio do documento de 55 páginas, a primeira estratégia nacional publicada desde fevereiro de 2015, o presidente dos EUA, Donald Trump, promete "uma visão estratégica para proteger o povo americano e preservar nosso modo de vida, promovendo nossa prosperidade, preservando a paz através da força e avançando a influência americana no mundo".

Patrushev disse que "esses aspectos do novo documento serão levados em consideração no planejamento futuro da Rússia de suas próprias políticas de segurança nacional".

Enquanto isso, o foco de segurança é afastado dos perigos imediatos da Coreia do Norte, e para a Rússia e a China, que supostamente "desafiam o poder, a influência e os interesses americanos, tentando erradicar a segurança e a prosperidade dos Estados Unidos".

Patrushev disse que as atitudes dos EUA no texto têm uma linhagem direta da Guerra Fria para a recente discórdia com o governo de Barack Obama.

"Apesar das mudanças visíveis na redação em comparação com documentos similares no passado, há uma certa continuidade ideológica", disse Patrushev. "Você pode particularmente vê-lo em relação ao nosso próprio país, que é abertamente chamado como uma ameaça de segurança líder".

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Especificamente, Moscou é acusada de "desenvolver armas e capacidades avançadas que possam ameaçar nossa infraestrutura crítica" e "usar ferramentas de informação na tentativa de prejudicar a legitimidade das democracias", no processo que cria "uma fronteira instável na Eurásia".

"Toda menção da Rússia no documento é uma acusação sem fundamento", disse Patrushev. "No entanto, como antes, a Rússia trabalhará para garantir a paz e desenvolver relações internacionais com base no respeito mútuo pela soberania e interesse nacional".

Anteriormente, o Kremlin descreveu a visão de Trump como "de natureza imperialista", enquanto Pequim convocou "o lado dos EUA a parar de distorcer deliberadamente as intenções estratégicas da China e abandonar conceitos tão desatualizados como a mentalidade da Guerra Fria e o jogo de soma zero".

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