Cadeias subterrâneas e poderes paranormais? Estes são os mitos populares sobre KGB

© AFP 2023 / PATRIK STOLLARZ Kit do agente da agência secreta soviética KGB no Museu de Espionagem na cidade alemã de Oberhausen
Kit do agente da agência secreta soviética KGB no Museu de Espionagem na cidade alemã de Oberhausen - Sputnik Brasil
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Os segredos que rodeavam a atividade da KGB deu lugar a numerosos rumores e lendas sobre todos os habitantes da URSS serem objetos de escuta e até as que diziam que seus agentes usavam tecnologias extraterrestres. O canal RT explicou onde terminam os mitos e começa a realidade.

Quando o primeiro serviço de segurança, fundado após a revolução russa, Tcheca, (Comissão Extraordinária) se transferiu de são Petersburgo para Moscou, sua sede foi estabelecida no bairro central de Lubyanka. Com o tempo, o prédio se transformou na cara da KGB.

Horrores da 'prisão interna'

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Uma lenda reza que nos porões do complexo da KGB havia cadeias onde os detidos eram interrogados. Ainda por cima, circulavam rumores de que o edifício era prolongado debaixo da terra, ao longo de dez andares subterrâneos cheios de presos, que eram submetidos a torturas medievais. Diziam também que quando pessoas morriam, seus cadáveres eram queimados sem serem trazidos à luz. Mas nada disso é verdade.

Na realidade, todas as cadeias se encontravam em um edifício de seis andares com poucas janelas em um dos dois pátios interiores. Junto a ele, encontrava-se também a chaminé de uma pequena usina elétrica local, que muitos acreditavam pertencer a um crematório.

A infraestrutura da cadeia interna de Lubyanka contava também com um pequeno pátio no terraço do telhado para os presos. Para chegar ao pátio, eles precisavam subir tantas escadas como se estivessem subindo de um porão. Esta cadeia deixou de funcionar em 1961.

Escutas excessivas

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Outro mito que cercava a KGB é a das escutas telefônicas excessivas. As histórias sobre duplas paredes com microfones e registros de conversações de supostos espiões estrangeiros podiam mesmo ser reais, mas vigiar milhares de cidadãos era fisicamente impossível.

Normalmente, não havia nenhum dispositivo técnico que permitisse realizar tais escutas. O certo é que em cada grupo de interlocutores podia haver um delator preste a informar aos serviços de segurança logo que terminasse a conversação.

Poder temível

De qualquer maneira, o volume de informações obtidas pela KGB era enorme e sua influência assustava até as autoridades soviéticas.

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A própria KGB, ou seja, O comitê de Segurança do Estado, foi fundada em 1954 e tinha um poder muito mais limitado do que seu antecessor, o Ministério de Segurança do Estado (1943-1953). A mudança do nome se deu a intrigas políticas, em particular, em torno do então ministro do Interior do governo soviético, Lavrenty Beria e seus partidários.

Nikita Khruschov, o então primeiro-secretário do Partido Comunista e líder da URSS, não escondia sua hostilidade em relação aos agentes da instituição. Muitos diziam que ele até tinha medo deles.

Teorias de conspiração

Os adeptos de teorias de conspiração afirmam que a KGB possuía tecnologias extraterrestres, relíquias com poderes extraordinários e manuais para exercer controle mental sobre a população. Também se acreditava que a agencia secreta contava com departamentos de investigações de fenômenos paranormais e de OVNIs.

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Segundo mitos populares, entre os funcionários do onipotente comitê havia magos, videntes e pessoas com poderes telepáticos. Alguns até afirmavam que os oficiais da KGB podiam se infiltrar mentalmente nos programas de mísseis dos EUA sem sair de seus escritórios. Mas o RT não se responsabiliza, descarta ou confirma os rumores e mitos.

Agentes dentro e fora do país

"A KGB era um dos órgãos mais eficientes do mundo", acredita o professor da Universidade Pan-americana (México), Enrique Valencia, incluindo em comparação com a CIA norte-americana, o Mossad israelense ou Mi6 britânico.

"A influência da KGB em muitos países era importantíssima por ter informantes por todo lado", afirmou o especialista ao RT. "Tinha espiões, agentes de inteligência espalhados tanto pela União Soviética como no exterior", comentou.

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