Apenas um milagre a salvará: 'Rússia se preparou para invadir Europa'

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A edição alemã Bild anunciou sobre o novo plano traiçoeiro de Moscou, em particular, que a Rússia teria elaborado uma estratégia para invadir vários países europeus. O analista militar Viktor Murakhovsky comentou o curioso artigo

O jornal alemão Bild informou, citando "duas fontes anônimas na inteligência ocidental", que nas manobras Exército 2017, realizadas em setembro passado, a Rússia teria treinado um cenário de invasão de vários países na Europa.

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Comentando os exercícios, a Rússia, por sua parte, argumentou que treinou a defesa contra uma possível invasão de três Estados imaginados.

Porém, segundo a edição alemã, Moscou, na verdade, planejava conquistar certos países: Suécia, Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia e até a Bielorrússia.

O último país, segundo o analista, provoca mesmo uma verdadeira surpresa, pois Zapad foram manobras conjuntas russo-bielorrussas.

"Ou seja, nos últimos exercícios as forças armadas da Rússia atingiram um nível de camuflagem verdadeiramente incrível — realizaram exercícios de invasão de um país aliado em conjunto com as tropas deste mesmo país, no território deste e sem que o comando bielorrusso notasse", ironiza o especialista militar.

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Levando em consideração este fato, avança Murakhovsky, "a única coisa que pode salvar a Europa de uma invasão russa é um milagre". Pois se os soldados russos conseguem realizar operações com o país acima citado, então eles podem capturar a Europa sem ela notar algo. Para piorar a situação, isso pode já ter acontecido, apenas a informação ainda não terá sido divulgada, acrescenta o analista.

De acordo com o Bild, além dos países vizinhos, a Rússia treinou o bombardeamento da Europa Ocidental, "especialmente a Alemanha" e até os Países Baixos.

Como motivo para realizar este plano militar poderá servir uma revolução colorida na Bielorrússia, porque para o líder russo Vladimir Putin isso seria uma ameaça tanto pessoal como para o seu poder, continua o analista comentando o artigo alemão.

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No entanto, a repetição de Maidan — onda de manifestações na Ucrânia em 2013 — no território bielorrusso é pouco provável, acredita Murakhovsky. Também não faz nenhum sentido para a Rússia derramar o sangue de seus soldados por esta razão e ainda por cima conquistar a Suécia e a Finlândia que ficam muito longe da Bielorrússia e não apresentam nenhum incómodo para Moscou.

Quanto aos Países Bálticos, para quê ocupar países cuja economia está sobrevivendo graças a "injeções" europeias e cujos habitantes se mostram hostis em relação à Rússia, pergunta.

Mas a mídia ocidental não se preocupa muito com a veracidade desses cenários militares e continua seguindo as instruções de Washington falando sobre a "ameaça russa", opina o analista militar.

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