Estados Unidos visam aumentar a presença militar na Europa para "conter a Rússia". No novo orçamento do Pentágono, mais de 200 milhões de dólares serão destinados para ampliar as bases aéreas na Estônia, Letônia, Hungria, Noruega, Romênia e na Eslováquia. Como resultado, norte-americanos planejam posicionar na região caças furtivos F-22 e F-35, escreve o jornal.
Segundo o The Times, os planos de Washington em caso de conflito europeu foram revisados por causa da "anexação russa" da Crimeia, "agressão apoiada por Moscou" na Ucrânia e receios quanto à segurança dos países bálticos.
O presidente norte-americano, Donald Trump, várias vezes deu a entender que quer melhorar as relações com o seu homólogo russo, Vladimir Putin. Contudo, em sua nova Estratégia de Segurança Nacional, a Rússia está na lista dos países que representam "maior ameaça" aos EUA.
O dinheiro complementar do Pentágono será alocado para a Iniciativa de Contenção Europeia. Em particular, 14 milhões de dólares (46 milhões de reais) vão ser usados na construção de instalação para o avião antissubmarino da Marinha dos EUA, o Poseidon, na base islandesa Keflavík.
"Temos que lidar com a volta da Rússia, mas 26 anos de operações incessantes de combate são sentidos", declarou o porta-voz da Força Aérea dos EUA, general-major James Martin. Segundo ele, desde o "sucesso incrível" na guerra no Iraque em 1991, a aviação norte-americana mudou imensamente: na época o Pentágono contava com 134 esquadrilhas, hoje são 55.
Para reforçar a contenção, o comando norte-americano pede ao governo 4,8 bilhões de dólares (15,8 bilhões de reais) para o ano seguinte. Os primeiros F-35 já chegaram à base britânica em Suffolk, de onde ataques aéreos serão efetuados em caso de crise, diz-se no The Times.
No entanto, o crescimento dos investimentos na defesa sem precedentes desde os tempos da Guerra Fria se tornou tendência mundial. Especialistas preveem que investimento global no exército vá corresponder a 1,67 trilhão de dólares em 2018 (5,5 trilhões de reais).