Chefe da OTAN reconhece que capacidades navais do bloco são inferiores às da Rússia

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Um submarino ruso (imagem referencial) - Sputnik Brasil
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O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, parece não estar disposto a deixar a retórica antirrussa ao afirmar que a Rússia pode bloquear a rota marítima entre a Europa e a América.

A atividade dos submarinos russos atingiu o "nível mais alto desde a Guerra Fria", enquanto a OTAN reduziu suas capacidades navais, disse Stoltenberg durante uma entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, com a participação dos jornais Financial Times e Washington Post.

"A Rússia investiu muito na sua Marinha, especialmente em submersíveis. As atividades dos submarinos russos estão hoje em dia ao nível mais alto desde a Guerra Fria", assegurou.

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Stoltenberg adiantou que os navios russos "operam em todo o Atlântico" e navegam "mais perto" da costa dos países que fazem parte da OTAN, ao passo que, na Aliança, "as capacidades navais diminuíram, especialmente na luta antissubmarino".

"Temos tido menos prática e perdemos capacidades de combate naval", explicou Stoltenberg.

Além disso, o secretário-geral do bloco confessou que está preocupado com a hipótese de Moscou poder bloquear a rota marítima que liga a Europa com a América do Norte, uma vez que os países da OTAN "devem poder transportar tropas e equipamentos militares através do oceano Atlântico".

Neste contexto, Jens Stoltenberg sublinhou a necessidade de estabelecer dois novos comandos para fortalecer seus "pontos fracos", um de apoio logístico e outro de defesa, que seria responsável pela segurança e pela rápida transferência de tropas e equipamentos militares através do oceano Atlântico e Ártico.

Recentemente, o comandante da frota de submarinos da OTAN, Andrew Lennon, também afirmou estar preocupado com a suposta ameaça que os submarinos russos representam para a rede de cabos interoceânicos de telecomunicações.

No entanto, o jornal britânico Financial Times alertou que a retórica sobre a suposta ameaça russa faz parte de "uma campanha de desinformação" para obter apoio popular e aumentar os gastos militares.

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