"Os EUA fingem que estão lutando contra os cartéis de droga na América Latina. Mas até isso não fez a maioria dos países latino-americanos apoiar os EUA. Parece que o bom senso e as normas do direito internacional prevaleceram sobre as ameaças dos EUA", disse o especialista.
Para Shatrov, a razão dessa decisão da Guatemala é a pressão por parte dos EUA. É possível que os EUA lhe tenham prometido determinadas preferências econômicas, dinheiro para lutar contra o tráfico de drogas. Por outro lado, através disso o país quer aumentar a sua autoridade na arena internacional.
"Em tais situações, os países frequentemente escolhem um lado, de maneira a integrar o grupo dos países que podem influir nos processos mundiais. As ambições também devem ser tomadas em conta", opinou ele.
"Trump, sendo empresário, realizou uma espécie de 'teste de esforço' dos seus aliados – e muitos deles não foram aprovados, como vimos. Mas ele espera ser possível fazer um determinado trabalho diplomático para induzir os aliados a tomar essa decisão", concluiu Shatrov.
Em 25 de dezembro, o presidente da Guatemala, Jimmy Morales, confirmou a intenção de mudar a embaixada do seu país em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, seguindo os passos dos EUA. A Assembleia Geral da ONU, por sua vez, aprovou, com 128 votos a favor, 9 contra e 35 abstenções, uma resolução condenando a decisão dos EUA de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.