Ambos os lados se comprometeram a coordenar as sanções econômicas e ajustar sua cooperação militar, particularmente na região mais próxima da Península da Coreia.
As fontes do governo dos EUA citadas pelo jornal dizem que o acordo foi alcançado no início de novembro, quando o presidente dos EUA, Donald Trump, se encontrou com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Pequim.
Segundo essas fontes, os dois presidentes falaram por cerca de uma hora e meia em 9 de novembro, acompanhados apenas por assistentes próximos. Grande parte da discussão focada na Coreia do Norte, informou a publicação.
Na reunião, o presidente chinês confirmou que a Coreia do Norte não teria permissão para possuir armas nucleares e enfatizou que a pressão sobre Pyongyang não deve diminuir até o regime norte-coreano cessar seus testes nucleares.
A aprovação
Além disso, o presidente chinês pediu maior transparência em relação às medidas econômicas aplicadas contra a Coreia do Norte. A este respeito, ele disse que Pequim daria sua aprovação para fortalecer as sanções adotadas pelo Conselho de Segurança da ONU e que implementaria essas sanções na íntegra.
Assim, em 22 de dezembro, a China votou a favor da última resolução para limitar o abastecimento de petróleo à Coreia do Norte, caso Pyongyang leve a cabo mais provocações militares.
De acordo com o jornal japonês, uma fonte diplomática sugere que a aprovação de Pequim das sanções mais severas foi o resultado de discussões entre os principais líderes da China e dos Estados Unidos.
Sob esse acordo, as agências militares e de inteligência de ambas as nações também compartilharão, de acordo com o jornal, informações sobre os programas de armas nucleares e programas de desenvolvimento de mísseis balísticos da Coreia do Norte. Os dois lados também compartilharão inteligência sobre os efeitos que as sanções têm na economia da Coreia do Norte.
O desmentido
No entanto, o jornal chinês Global Times, que tem ligações com o governo, posteriormente negou relatos da imprensa japonesa de que Pequim e Washington concordaram em compartilhar informações relacionadas à Coreia do Norte.
A mídia chinesa apontou que nenhuma linha direta havia sido estabelecida entre os militares dos EUA e da China, conforme descrito pela publicação japonesa.