O movimento foi promovido através da plataforma Change.org por personalidades como o filósofo americano Noam Chomsky e o cantor e compositor brasileiro Chico Buarque.
"A tentativa de marcar em tempo recorde o julgamento da segunda instância de Lula no dia 24 de janeiro não tem nada de legalidade, é um puro ato de perseguição ao líder político mais popular do país", começa o manifesto que se destina a alcançar 75 mil assinaturas.
Este ano, o juiz federal Sérgio Moro – responsável pela primeira instância em Curitiba da Operação Lava Jato – condenou petista a nove anos e meio de prisão por um crime de corrupção passiva em um caso relacionado a um apartamento localizado em Guarujá (SP) e supostamente pago pela empreiteira OAS como suborno.
O Tribunal Regional Federal da Quarta Região decidirá em 24 de janeiro se ratificar a sentença de Moro. Em caso afirmativo, Lula poderia acabar na prisão e sem poder se candidatar nas eleições presidenciais de 2018.
A vitória de Lula "resultaria no fracasso do golpe" (como muitos chamam o governo de Michel Temer para chegar ao poder através do Parlamento) e "permitiria a abertura de um novo ciclo político. Portanto, para evitar a candidatura de Lula vale tudo: ele é condenado no Tribunal de Porto Alegre, a instituição do semiparlamentarismo e até mesmo adia as eleições", diz o texto.
Além disso, a senadora e ex-presidente da Argentina, Cristina Fernández (2007-2015), assinou o pedido após lhe convidarem a participar.
"Quero convidá-lo a assinar esta petição internacional em apoio à candidatura de Lula e contra a proibição judicial. Já assinei", afirmou Fernandez na terça-feira em sua conta de rede social do Twitter.
A popularidade de Lula cresceu 16 pontos percentuais desde junho, quando foi de 28% a 45%, de acordo com uma pesquisa do Instituto Ipsos, divulgada no dia 20 deste mês.