Revelado novo método promissor para encontrar vida extraterrestre

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Planetas onde existe biosfera devem girar de forma extremamente rápida em comparação aos corpos celestes inanimados de tamanho e idade semelhantes, o que pode ser usado para buscar a vida alienígena no espaço.

"A própria ideia de que os organismos vivos e a biosfera em particular podem de modo evidente influenciar na velocidade de rotação do planeta ao mudar a composição química da sua atmosfera parece doida para quase todos os seres humanos. Mas parece que não é", assinala cientista norte-americano Caleb Scharf, citado pelo portal Space.com.

Nuvens do Juízo Final (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil
Cientistas: muitas nuvens podem ter origem 'extraterrestre'
Após o lançamento do telescópio orbital Kepler, os cientistas detectaram quase 2 mil planetas além do Sistema Solar, várias dezenas das quais são potenciais "sósias" da Terra e ficam na chamada "zona de vida". Seu descobrimento fez com que os especialistas começassem a elaborar métodos para avaliar suas condições de vida e para tentar encontrar vestígios biológicos em suas atmosferas.

Buscar tais "vestígios de vida", sublinha Scharf, hoje em dia ainda não podemos, pois os telescópios existentes não desfrutam da sensibilidade e resolução adequadas para receber dados tão precisos ou as fotos das atmosferas de exoplanetas.

Segundo explica o astrônomo, a Terra e outros planetas inicialmente giravam de modo muito mais rápido do que hoje em dia — por exemplo, o dia no nosso planeta no início da sua existência durava entre 2 e 3 horas. Os impactos gravitacionais com o Sol e os satélites, por sua vez, acabaram desacelerando-a.

Porém, há muitos outros fatores que influenciam na velocidade de rotação dos planetas, inclusive as atividades da sua atmosfera.

De acordo com os cálculos de Caleb Scharf, a vida terrestre e o oxigênio, produzido por ela, produzem ventos que "fazem o planeta girar", podendo, assim, ser desacelerada mais lentamente caso não tivesse biosfera.

Por exemplo, a duração do dia no análogo habitável da Terra, que gira ao redor de um anão vermelho com o peso de um terço do Sol, seria de uma a duas vezes maior do que no planeta semelhante, mas sem vida. Tais diferenças, acredita o pesquisador, pode ser usado como método alternativo para encontrar vida extraterrestre.

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