O militar foi chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA entre 2007 e 2011, e declarou em um programa da rede ABC que ele não vê qualquer solução diplomática possível para a disputa com Pyongyang sobre suas crescentes capacidades nucleares.
"Naturalmente, estamos mais perto do que nunca, na minha opinião, de uma guerra nuclear com a Coreia do Norte e na região", afirmou, citado pelo jornal britânico The Telegraph. "Não vejo nenhuma oportunidade de resolver este problema diplomaticamente neste momento específico".
Mullen avaliou que a crise atual em torno da Península da Coreia é um exemplo do "clima perigoso" criado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na tentativa de reverter a abordagem tradicional da política externa de Washington.
No entanto, o almirante aposentado admitiu que a atitude do secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, restringiu o presidente.
Trump ameaçou a Coreia do Norte com "destruição total" no caso dos EUA serem forçados a se defender ou a seus aliados na Ásia-Pacífico. Todas as opções "estão na mesa", afirmou várias vezes o presidente estadunidense a alguns de seus subordinados.
Enquanto isso, as autoridades sul-coreanas interceptaram dois navios com bandeiras de Hong Kong (China) e Panamá dirigindo-se para as costas da Coreia do Norte nos últimos dias de dezembro, suspeitando que poderiam transportar derivados do petróleo, o que significaria uma violação de sanções internacionais.
Para realizar esses movimentos, Seul baseou-se na recente resolução do Conselho de Segurança da ONU aprovada por unanimidade em 22 de dezembro passado, que busca limitar o acesso de Pyongyang aos produtos necessários para desenvolver seu programa de mísseis balísticos.