Irã acusa EUA, Israel e Arábia Saudita de organizar manifestações no país

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O Procurador-Geral do Irã, Mohammad Jafar Montazeri, declarou que EUA, Israel e Arábia Saudita coordenaram os tumultos e manifestações antigoverno no país, informou a agência IRNA.

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Segundo Montazeri, o mentor intelectual do plano, que criou um grupo com objetivo de provocar distúrbios no Irã, seria Michael D'Andrea, ex-diretor do departamento de combate ao terrorismo na CIA. 

"Um grupo especial foi criado para provocar tumultos no Irã, do qual fizeram parte os EUA, Israel e Arábia Saudita. O grupo foi chefiado por Michael D'Andrea e um dos oficiais da inteligência israelense, Mossad. Todos os custos do grupo foram financiados pela Arábia Saudita", declarou o Procurador-Geral do Irã. 

Montazeri destacou que o plano estava sendo desenvolvido há anos. Segundo ele, um grupo radical de esquerda, Organização dos Mujahidin do Povo Iraniano, também foi aliciado pela inteligência estrangeira, assim como outros grupos comunistas e organizações defensoras do monarquismo e nacionalistas. 

Além disso, segundo a autoridade, foram criados centros de operação no Iraque e no Afeganistão para atrair para os protestos os membros do grupo terrorista Daesh.

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Em junho de 2017, The New York Times, citando fontes na inteligência norte-americana, informou que o novo chefe da CIA para assuntos relacionados ao Irã seria Michael D'Andrea. Antes disso, ele coordenou a operação de busca por Osama bin Laden, líder da Al-Qaeda, que foi eliminado pelas forças especiais dos EUA em 2011.

Em 28 de dezembro uma onda de protestos populares atingiu as grandes cidades iranianas, motivada pelas dificuldades econômicas no país. Segundo vários dados, cerca de 20 pessoas morreram durante as manifestações que duraram por mais de cinco dias.

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