Depois do início da guerra na Síria, ele notou divergências entre o que se passava na capital e o que comunicava a mídia ocidental, começando a publicar fotos de Damasco no Twitter. Agora trabalha na França como consultante de várias mídias.
Segundo Jean-Pierre Duthion, "as fontes da mídia ocidental eram parciais por ser proibida entrada de jornalistas na Síria. Na verdade, o papel dos informantes das mídias BBC, CNN e France 24 era desempenhado por testemunhas mais conhecidas como 'repórteres locais', que filmavam do seu quarto com celular, algumas vezes falavam por Skype contando o que estava se passando. […] Qualquer pessoa, que escreve no Twitter ou publica no Facebook, torna-se legítima e real fonte de informação, ou seja, não há como questionar suas palavras".
Ele se mostrou insatisfeito com a mídia ocidental por ela ter incentivado as pessoas a sair às ruas para manifestar, acrescendo saber com certeza que não haverá mudança de regime na Síria.
Jean-Pierre se tornou jornalista quase por acaso. Na Praça de Abbasiyyin, quando, segundo mídias, incluindo o canal France 24, as tropas estariam tentando conter manifestantes, ele tirou uma foto do local totalmente pacato e vazio, muito diferente do lugar descrito pelas mídias ocidentais como "derramamento de sangue".
Sobre o ataque químico em Damasco, Jean-Pierre Duthion notou ser muito "difícil imaginar que o governo sírio tenha usado armas químicas em Gouta, já que a poucos quilômetros estavam observadores da ONU que analisavam se na Síria havia ou não armas químicas". Ele adicionou que o exército sírio possui armamento muito pobre, e muitos soldados até não têm coletes à prova de balas.
A guerra na Síria começou em março de 2011 com a Primavera Árabe. Os manifestantes exigiam o afastamento do poder do presidente Bashar Assad, causando desordens em massa e transformando as perturbações em um conflito armado de grande escala. Depois de sete anos, conflito ainda está de pé.