Para chegar a esta conclusão, os cientistas usaram os novos dados recolhidos na órbita de Mercúrio com o objetivo de entender melhor o próprio Sol e a teoria de Einstein. Einstein explicou que a gravidade é uma manifestação da deformação do espaço-tempo causada por corpos maciços como o Sol. De acordo com os pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), a órbita de Mercúrio mostra essa deformação com mais clareza.
Neste caso, os cientistas se focaram no centro de massa do Sistema Solar com base nos dados oferecidos pela sonda Messenger da NASA, que esteve na órbita de Mercúrio entre 2011 e 2015. Esta sonda determinou como a gravidade do Sol muda com a passagem do tempo devido à perda de sua massa e como essa perda faz com que as órbitas dos planetas se ampliem.
Os pesquisadores realizaram o maior teste do que é conhecido como o princípio de equivalência de Einstein.
"Ninguém é capaz de distinguir entre um campo gravitacional uniforme e um sistema de referência não inercial", diz Antonio Genova, autor do estudo elaborado pelo MIT.
Para testar este princípio, é necessário comparar duas maneiras de calcular a massa: uma que se baseia na forma como um objeto se comporta no campo gravitacional uniforme e aquele que é baseado na força necessária para empurrar esse objeto. Se os valores coincidem, o princípio de equivalência de Einstein é verdadeiro.
Como resultado do estudo, descobriu-se que anualmente o Sol perde 179 bilhões de toneladas de massa, o que equivale a 3,5% da massa total da atmosfera terrestre. No entanto, alguns astrofísicos sugerem que os valores podem ser ligeiramente inferiores aos apresentados, embora, em princípio, correspondam.