Mais cedo, o chanceler ucraniano Pavel Klimkin disse que Kiev não havia recebido notas oficiais de Moscou com tais propostas. Ele acrescentou que a Ucrânia não vai fazer nada que possa debilitar sua posição política ou jurídica.
"Sem dúvidas, pode haver documentos oficiais, sobretudo notas diplomáticas, mas, em geral, a declaração de um chefe de Estado é bem difícil não ser considerada como uma proposta oficial", declarou Peskov a jornalistas, acrescentando que Kiev tem que dizer "sim" ou "não", e as autoridades russas vão esperar pela resposta.
"Do ponto de vista de Moscou e de Putin… este é um passo em direção à diminuição da tensão, pelo menos foi assim que soou. Mas aqui [na Ucrânia] isto é considerado como um jogo astuto de Putin", comentou Mikhail Pogrebinsky.
Segundo o cientista político Pogrebinsky, a recusa de Kiev de retirar seu material militar da Crimeia não pode ser vista como um "agravamento das relações" entre a Ucrânia e Rússia, já que depois da aprovação da lei sobre a reintegração de Donbass, destacou o analista, não há mais nada que possa deteriorar estas relações.
O presidente russo Vladimir Putin afirmou que a Rússia está disposta a entregar a Kiev os navios e aviões ucranianos que ficaram na Crimeia, embora estes se encontrem em estado lastimável.