Essas palavras e a defesa de outras figuras públicas impopulares por crimes que cometeram causaram indignação nas redes sociais.
"Eu amo Bill Cosby"
Para defender pessoas impopulares como o comediante Bill Cosby, denunciado por abuso sexual por pelo menos 35 mulheres ao longo de sua carreira, ela argumentou: "preciso conhecer os fatos em cada caso para fazer um julgamento de valor" porque "eu o amo" e "se ele está doente, por que eu deveria ter raiva dele?".
A cantora explicou que ela não é muçulmana ou cristã, mas "observadora" de "coisas boas e más", e lamentou que a sociedade tenha polarizado suas opiniões.
"Se você diz algo bom sobre alguém, outros acreditam que você escolheu um lado. Vejo o lado bom em todos […]. Não escolho", ressaltou.
"Eu vi algo bom em Hitler"
Ao expor seu ponto de vista, Erykah Badu assegurou que ele também viu "algo bom em Hitler" e declarou: "eu não sou uma pessoa antissemita, mas uma humanista".
O entrevistador pediu-lhe para repetir o que acabara de dizer e Badu reiterou que "Hitler era um pintor maravilhoso".
"Não, não era, e mesmo que fosse, o que sua habilidade como pintor tem a ver com 'algo bom' nele?", insistiu o jornalista. Então, a cantora reconheceu que "bem, ele era um pintor terrível, pobre, ele teve uma infância terrível".
A repercussão foi imediata e negativa. O jornalista britânico Joshua Zitser não poupou críticas à cantora.
"Por favor, pare de me dizer, como neto de um sobrevivente de Auschwitz, que o homem responsável pelo assassinato da minha família e de milhões de outros inocentes tinha 'algo de bom' porque 'não é algo que eu quero ouvir'", afirmou.
Devido à repercussão da entrevista, Erykah Badu explicou que, embora usasse "um dos piores exemplos possíveis", as pessoas entenderam mal suas palavras e confirmaram que ele não apoia o "doente e psicopata" Adolf Hitler.