Antes, Poroshenko pediu à Suprema Rada para aprovar a decisão dele sobre acesso à Ucrânia de unidades militares estrangeiras para participarem dos exercícios da Ucrânia com os EUA, em particular, Sea Breeze 2018 e Rapid Trident 2018. A Rada aprovou o documento em 18 de janeiro.
Supõe-se também, no âmbito dos exercícios Rapid Trident 2018, dar acesso a unidades militares dos EUA, outros membros da OTAN e participantes do programa Parceria para a Paz (até dois mil efetivos com seu armamento e equipamento militar e até 20 aviões e helicópteros) por um prazo de 16 dias em junho-novembro de 2018.
De acordo com a lei, planeja-se também realizar em 2018 três manobras multinacionais, incluindo ucraniano-romenas.
Conforme a lei ucraniana, no território do país é proibido funcionamento de quaisquer formações militares não previstas na lei. Também na Ucrânia não é permitido o estabelecimento de bases militares estrangeiras, por isso as tropas estrangeiras têm de obter de cada vez uma autorização para permanecer no território do país ao abrigo de uma lei especial.
O cientista político Semyon Uralov, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, expressou a opinião de que a presença de tropas estrangeiras na Ucrânia é algo que já existe.
Ele acha que Poroshenko não fez nada de novo, só legitimou o que já existe. A intervenção, opina, já ocorreu em 2014-2015, quando foram capturados os serviços secretos – nos serviços de segurança ucranianos apareceram especialistas norte-americanos, estonianos e de outros países ocidentais. Depois, no exército em Donbass surgiram os instrutores, conselheiros e mercenários.
"Agora tudo isso está sendo legitimado, mas de fato já existe há vários anos", concluiu o cientista político.