As estatísticas foram publicadas na revista científica Sports Medicine em janeiro. Assim, 1.290 participantes do Campeonato Mundial, do total de 1.841, receberam uma proposta para responder a questões, e 1.203 concordaram em participar na pesquisa e deram uma resposta positiva à pergunta sobre o uso do doping. Das competições dos países árabes, 965 pessoas fizeram parte do inquérito.
Os entrevistados tinham que responder "sim" ou "não" à questão sobre se eles violaram propositalmente as regras antidoping nos últimos 12 meses. Os esportistas dos Jogos Pan-Arábicos também tinham que revelar se usaram quaisquer nutrientes vegetais, minerais ou vitaminas durante o último ano.
Os resultados foram os seguintes: 43,6% dos atletas em Daegu, e 57,1% dos esportistas em Doha deram uma resposta positiva à pergunta sobre o uso de doping ao longo de 12 meses. Vários nutrientes foram consumidos por 70,1% dos atletas.
Os pesquisadores chegaram à conclusão que o doping é um fenômeno difundido entre os principais esportistas. Os autores também notaram que pegar um atleta em uso de doping não é tão simples, pois somente 1-2% das amostras de doping mostram resultado positivo.
Os dados foram revelados somente agora, e não está claro por que a WADA, junto com a Associação Internacional de Federações de Atletismo escondiam estes dados do público durante tanto tempo. Tais revelações requerem uma investigação escrupulosa praticamente em todos os países do mundo, mas as organizações internacionais se interessaram somente pela Rússia quando em 2014 saiu o primeiro filme sobre o doping no atletismo de Hajo Seppelt.
Mesmo se alguns números foram exagerados, a situação continua preocupante. As estatísticas preocupam, e não se pode imaginar com certeza, quantos atletas na verdade violam as regras antidoping, concluem os autores do relatório.