O especialista acredita que, do ponto de vista jurídico, a medida é uma tentativa de intervir nos assuntos internos de um Estado soberano.
"Os EUA estão seguindo uma política bastante inconsequente na arena internacional, como se fossem uma mulher histérica, ou um homem histérico. É difícil entender o que é que querem a dado momento", disse.
O advogado sublinhou que todas estas listas de sanções "não têm nada a ver com o direito internacional", sendo "um meio de exercer pressão sobre um país soberano".
Segundo ele, quando existia a União Soviética, as relações com os Estados Unidos se baseavam nos princípios do direito e do equilíbrio, mas atualmente se baseiam no "direito do mais forte".
"O direito internacional se manteve graças ao fato de a URSS e os EUA se equilibrarem um ao outro, e as relações se baseavam nos princípios do direito. Agora, infelizmente, as relações se baseiam no direito do mais forte. Os Estados Unidos estão fazendo o que querem e chamam isso de direito internacional", disse.
Na noite de segunda para terça-feira, o Departamento de Tesouro dos EUA publicou a chamada "Lista do Kremlin", na qual foi incluído quase todo o governo da Rússia, altos funcionários e empresários, no total mais de 200 pessoas. A lista foi elaborada de acordo com a Lei de Contenção de Adversários da América Através de Sanções (CAATSA, na sigla em inglês), aprovada no verão de 2017. A lista não significa a aplicação imediata de sanções contra as pessoas indicadas, mas pressupõe que tal pode acontecer.