Ex-oficial da CIA: Coreia do Norte está 'assustada' com possível ataque dos EUA

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Uma ex-funcionária da Agência Nacional de Inteligência dos EUA (CIA, na sigla em inglês) garantiu nesta semana que a Coreia do Norte estaria "assustada" com a possibilidade de um ataque militar, e isto teria motivado o país a retomar o diálogo com Seul.

A reabertura do canal com a Coreia do Sul seria parte de uma estratégia de Pyongyang para expor uma imagem um pouco mais conciliatória perante o mundo, sobretudo diante da dura retórica do presidente estadunidense Donald Trump.

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"A Coreia do Norte está assustada, ou pelo menos leva a sério as ameaças da administração Trump sobre ataques militares o suficiente para justificar algum tipo de resposta", afirmou Jung Pak, ex-gerente do Centro de Missão do Pacífico Oriental da Ásia da CIA.

Em um fórum na Coreia do Sul, a ex-funcionária da agência destacou que usar os Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, que acontecem em fevereiro no sul da península, como divulgação favorável ao governo de Kim Jong-un é possível "sem nenhum custo".

"Eles simplesmente aparecem, certo? Então, eu acho que há um elemento, um sinal de vulnerabilidade que os norte-coreanos estão sentindo sobre o que a administração Trump poderia fazer", continuou Pak, citado pela agência sul-coreana Yonhap.

A analista pontuou ainda que Pyongyang e Seul se preocupam com a possibilidade de um conflito militar na península, e que a participação dos norte-coreanos nas Olimpíadas de Inverno não se trataria apenas de uma tática geopolítica e militar.

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"Há também uma razão pela qual Kim Jong-un desenvolveu essas estâncias de esqui", disse ela, referindo-se aos resorts do Norte. "Ele é um fã de esportes também. Poderia ter havido um desejo de participar das Olimpíadas e mostrar as habilidades da delegação, as habilidades e a beleza dos dançarinos e usar isso como uma plataforma".

No ano passado, a troca de farpas entre Trump e Kim foi constante, com o presidente dos EUA alertando que poderia "destruir totalmente" a Coreia do Norte se provocado. Já o líder norte-coreano reafirmou o seu programa nuclear com uma série de testes balísticos e um de cunho nuclear, todos voltados, segundo ele, à defesa do país.

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