Tillerson destacou que Washington, ao contrário da Rússia e China, não busca "vantagem imediata", mas quer uma parceria mutualmente vantajosa com os países da região.
Segundo cientista político e jornalista, Yuri Svetov, disse ao serviço russo da rádio Sputnik, que a afirmação de Tillerson demonstra a "dura" doutrina dos EUA em relação à América Latina.
"Os Estados Unidos sempre chamaram a América Latina de seu 'quintal'. Sua doutrina supunha que a América Latina devia ter relações apenas com Washington", comentou.
Depois a Rússia de fato deixou a América Latina. As relações começaram a ser restauradas apenas recentemente, "em particular quando o Brasil se juntou ao BRICS", explicou Svetov.
O especialista também sublinhou o aumento da presença da China, tanto na América Latina como na África.
"Vale destacar que a China chega [a estas regiões] com dinheiro, estabelece relações econômicas, considerando muitos países da América Latina como mercado para vender sua produção. Tudo isso causa preocupações dos EUA, pois não querem dar o que consideram como 'sua propriedade'", especificou.
"Acredito que isso é uma expressão da dura posição dos EUA: eles construirão um muro na fronteira com o México e continuarão considerando o território do outro lado do muro como seu quintal", concluiu.
Anteriormente, ex-embaixadora da Argentina na Venezuela e Reino Unido, Alicia Castro, afirmou para a Sputnik que a viagem do secretário de Estado estadunidense à América latina tem como objetivo coordenar um plano para derrubar o governo venezuelano.