As jovens prostitutas teriam sido contratadas por membros da Oxfam e teriam participado de orgias em hotéis e casas financiadas pela organização, de acordo com uma fonte que disse ter visto imagens de uma dessas partes.
Através de uma declaração, publicada na sexta-feira, a Oxfam admitiu a existência desses eventos e reconheceu que, em 2011, iniciou uma investigação interna sobre a impunidade de que gozam altos funcionários.
"Em 2011, a Oxfam trabalhou no Haiti com uma linha de gerenciamento diferente e este caso nunca envolveu nossa equipe", informou a organização.
Oxfam nega ter escondido os fatos
No entanto, de acordo com o comunicado, quatro membros da entidade perderam seus empregos como resultado da investigação, enquanto três deles, incluindo o diretor no país, "renunciaram antes do final dessa investigação". A organização sustenta que as alegações de que as prostitutas eram menores de idade ainda não foram comprovadas.
O jornal havia relatado anteriormente que Roland van Hauwermeiron, chefe da Oxfam no Haiti, pagara por prostitutas com dinheiro da ONG. No entanto, ele renunciou à sua posição sem receber qualquer medida disciplinar.
Quatro outros homens foram demitidos e dois demitiram-se de seus cargos. Até agora, não foram tomadas medidas legais e a Justiça haitiana ainda não teria sido informada do caso.
"O diretor local assumiu a responsabilidade total pelos eventos que ocorreram sob sua liderança, e ele foi autorizado a renunciar porque ele havia apoiado e cooperado sem reservas na investigação", disse o porta-voz da ONG.
A organização, com sede em Oxford (Reino Unido), negou ter escondido os fatos. "A Oxfam considera seriamente qualquer acusação de comportamento inadequado", disse o porta-voz à Agência AFP.