Segundo Andrei Ionin, especialista da Academia Russa de Cosmonáutica, o projeto da EEI deveria chegar ao fim um dia, especialmente agora, quando o principal investidor do programa, os EUA, tem outro objetivo para financiar — o programa lunar.
"Mesmo o orçamento da NASA não pode sustentar estes dois programas ao mesmo tempo. Por isso os EUA avisaram com antecedência sobre a intensão de terminar o financiamento por volta de 2024", comentou Ionin.
Agora, Washington, como investidor principal, tem duas opções: afundar a EEI ou encontrar investidores privados, que possam financiar parcialmente o funcionamento da estação. Os Estados Unidos escolheram a segunda, pois é mais prática.
"Que me perdoe Elon Musk [dono da empresa aeroespacial SpaceX], mas no momento há apenas uma grande empresa capaz de 'puxar' este projeto do ponto de vista financeiro. É a Boeing", explicou, acrescentando que podem aparecer outras companhias interessadas no projeto e então a Boeing encabeçaria a cooperação.
No entanto, avança, a transformação da EEI em um projeto privado depende das decisões dos países-participantes do programa, em primeiro lugar da Rússia e EUA, além dos parceiros europeus.
"É importante que a Rússia já tem uma proposta de uma grande empresa. É uma boa proposta porque, caso seja concretizada, a estação se tornará uma plataforma importante para voos ao espaço longínquo e não apenas uma atração para turistas ricos", concluiu.