O jornalista da edição perguntou a Chemezov sobre o objetivo estratégico do fornecimento dos sistemas russos de defesa antiaérea S-400 à Turquia, sendo este um país integrante da OTAN.
Neste contexto, o chefe da Rostec afirmou que o S-400 não é um sistema de ataque, mas, sim, de defesa. Portanto é provável vendê-lo aos norte-americanos, se eles quiserem. Em sua opinião, não há problema algum em termos estratégicos, tampouco isso pode representar um problema para a segurança da Rússia.
Ao mesmo tempo, de acordo com o especialista militar russo, Viktor Murakhovsky, trata-se de uma venda hipotética.
"É preciso entender a questão perguntada. Ele [diretor da Rostec] não respondeu do ponto de vista de fornecimento real de S-400 aos EUA, mas, sim, indicou corresponder a um sistema de proteção, ou seja, meio de defesa sem potencial de ataque", destacou.
"Neste sentido", adicionou, "pode ser fornecido a qualquer país".
Segundo indica o especialista, atualmente é impossível atingir o nível necessário para assinar acordos com EUA.
"Em primeiro lugar, os norte-americanos, no melhor caso, gostariam de receber uma divisão para estudar todos os elementos e revelar qual é o invento hábil dos russos representado pelo sistema de defesa antiaérea", explicou.
"Em segundo lugar, o Serviço Fiscal para cooperação técnico-militar nunca aprovará venda e contrato com o país mais inamistoso em relação à Rússia", concluiu.
O S-400 Triumph é o mais novo sistema de mísseis antiaéreo de longo alcance. Ele abate aeronaves tripuladas ou não, mísseis balísticos e de cruzeiro, incluindo de médio alcance, bem como é usado contra alvos terrestres.
O sistema tem um alcance de até 400 quilômetros, sendo capaz de eliminar alvos a uma altitude de 30 quilômetros.