O primeiro, chamado de Caso 1000, em que o primeiro-ministro é suspeito de aceitar presentes excessivamente caros de líderes empresariais em troca de promover seus interesses, e o Caso 2000, alegando que Netanyahu tentou fechar negociação com um dos maiores jornais israelenses para fornecer uma cobertura menos crítica sobre ele.
Enquanto Avi Gabbay, presidente do Partido Trabalhista, sugeriu que "a era de Netanyahu terminou na urna eleitoral ou através de investigação, um membro do partido Likud de Netanyahu, ministro do Turismo, Yariv Levin, disse que a recomendação ‘expôs um golpe contra os eleitores'".
O ministro das Finanças, Moshe Kahlon, também apoiou o primeiro-ministro em uma postagem no Facebook, dizendo que apenas o procurador-geral pode tomar uma decisão sobre a acusação e pediu para que as pessoas parem de atacar a polícia e o Estado de direito, informou Haaretz.
Além disso, disse que "essas recomendações não têm peso em uma sociedade democrática", acrescentando que "continuará liderando Israel de forma responsável e fielmente".
"Grandes esforços foram realizados para abrir no mínimo 15 investigações e averiguações para me remover do poder […] Cada uma dessas tentativas, sem exceção, não levou a nada. Conheço a verdade, então eu posso lhe dizer, desta vez também não levará a nada. As autoridades não aceitarão a metade das recomendações da polícia, e elas não levarão a nada."
Netanyahu negou novamente as acusações da polícia, dizendo que os promotores deveriam considerá-las "exageradas".
O parecer da polícia agora precisa ser analisado pelo procurador-geral Mendelblit que decidirá se arquiva ou dá prosseguimento ao caso. Embora Netanyahu não seja obrigado a deixar o caso, as chances de que ele perca apoio no Parlamento (Knesset) e se seja forçado a renunciar aumentam.