A Sputnik, bem como o RT, têm enfrentado uma pressão séria nos EUA ao longo dos últimos meses, enquanto os legisladores estadunidenses e a inteligência do país declaram que estes meios de comunicação poderiam ter influenciado o resultado das eleições presidenciais de 2016 nos EUA.
Na sequência disso, o RT já foi obrigado a se registrar nessa qualidade em novembro do ano passado.
Um dos parceiros da Rádio Sputnik, a Reston Translator, empresa que retransmite os programas de rádio, também acabou por ter de o fazer, bem como várias outras empresas afiliadas com a Sputnik.
Enquanto isso, outras mídias estatais que trabalham nos EUA, como a BBC britânica, a CCTV chinesa, a Deutsche Welle alemã e outras nunca foram obrigadas a se registrar nessa qualidade, ou seja, no quadro da lei FARA.
A editora-chefe da Sputnik e do RT, Margarita Simonyan, afirmou que a exigência de as duas mídias se registrarem como agentes estrangeiros é discriminatória e incompatível com os princípios da democracia e da liberdade de expressão, adiantando que isso impede também o RT de concorrer em pé de igualdade com as emissoras estrangeiras que não são obrigadas a se registrar como agentes estrangeiros em Washington.